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04 December 2013

Risotto de míscaros

Não gosto do Inverno.
Uma forma forte de começar qualquer texto, mas a verdade.
O frio, o vento, os dias curtos, a neura do nevoeiro e das nuvens, os pés e as mãos enregelados, o facto de me alegrar com comfort food, a inércia que me dá a chuva. As causas são várias e fazem-me empolgar com a chegada da Primavera, sempre tão longe.
No entanto, há coisas que me fazem contente quando chega esta estação mais fria e durante o Outono também. As cores das folhas caídas no chão, o saber apreciar um dia de sol como se a minha vida dependesse disso, romãs, abóboras tão giras e tão diferentes, camisolas quentinhas, gorros, panos e golas, o Natal (oh o Natal...!), cogumelos.

Na zona da Beira Baixa (não sei se em mais regiões!) chamam-lhes míscaros. 
A Quinta Vale d'Encantos apanha-os para nós. Situada na encosta da Serra da Gardunha, e para além de outras coisas, dedicam-se a apanhá-los, identificá-los, escolhem-nos por nós, iletrados na arte de perceber este fungo delicioso!
Têm alguns são secos em fatias, perfeitos para caldos e sopas. Uma parte dos secos é triturada e eu já usei para a Muita Pasta. Outros vendem-nos frescos, agora até pode encomendar!
Num dia em que tinha comprado os frescos e recebido os secos, não pensava noutra coisa que não num risotto.
E assim foi:
- 2 cogumelos fatiados secos
- água (mais que o dobro do volume do arroz)
- arroz arborio ou carnaroli (usei 1 chávena de chá)
- 1 chalota
- 1 dente de alho
- 2 ou 3 raminhos de tomilho fresco
- 50 gr de manteiga (prefiro sem sal)
- 150gr a 200gr de cogumelos (estes selvagens são mais pesados, de qualquer das maneiras, a olho)
- 1 copo de vinho branco (beba outro!)
- 1 chávena de café de Parmesão acabado de ralar
- um bocadinho de sumo de limão, a gosto

O método é o de um risotto normalíssimo.
Água a ferver com os cogumelos secos. Estes vão aromatizar o caldo e ainda pode juntar ao risotto quando já estiverem hidratados.
Saltear a chalota e o alho picados com cerca de 15gr de manteiga, juntar o tomilho e de seguida o arroz, mexendo até este ficar transparente.
Nesta altura refresque com vinho branco e deixe evaporar, mexendo.
Vá juntando conchas do caldo (que deve estar a fervilhar) e mexendo até o arroz estar cozido a seu gosto (15 a 20 min)
Com o lume desligado, junte o resto da manteiga e o Parmesão.
Decore com duas ou três folhas de tomilho e aproveite!
Fácil, não?
Que tal?
<3 jo

17 September 2013

Tarte de tomate

Com a estação do Tomate a acabar, há que aproveitá-los todos! Os mais firmes para saladas, os mais carnudos para sopas frias e quentes, os mais moles para molhos e, neste caso, os com mais pinta para uma tarte cheia de sabor!
Para a massa usei:

  • 300gr farinha
  • 150gr manteiga sem sal, fria
  • 2 colheres de sopa de água fria
  • Sal a gosto
  • Tomilho fresco picado
  • Raspa de meio limão

Com as mãos, ir desfazendo a farinha e a manteiga, como para um crumble. De seguida juntei o sal e os aromáticos, continuei a desfazer a massa e comecei a amassar quando juntei a água.
A massa deve descansar no frigorífico, embrulhada em película aderente, pelo menos 20min.
Começar a dispôr a massa na forma (usei duas pequenas mas uso a mesma massa para uma forma grande), calcar e pressionar bem na base e nas paredes. Picar com um garfo.
Espalhar o tomate cortado aleatoriamente. Dos mais pequenos fiz quartos e dos maiores fatias. Temperar por cima com sal fino e pimenta preta.
O recheio que vai ligar tudo é o típico:

  • 250ml natas frescas
  • 4 ovos médios
  • Pimenta preta do moinho
  • Sal fino
  • Cebolinho

Basta misturar tudo numa taça, com varas, e verter por cima do tomate, na tarte.
Levei ao forno a 190ºc, no meio, até ficar dourada (30 a 40min, depende sempre dos fornos).
Ainda a escaldar, saídas do forno, levaram com queijo parmesão acabado de ralar por cima, que derreteu imediatamente e deu uma profundidade de sabor diferente.
Depois de arrefecer, foi para dentro duma caixa e seguiu viagem comigo (Outjazz mais uma vez!), onde ficámos ainda melhor acompanhadas com um rosé italiano e as bolachas da C. Nem queiram saber o meu estado de excitação quando me disse que a receita era a minha!! E que boaaass!!!!
Só sobraram migalhas para contar a história e a caixa está desejosa de ir passear mais uma vez :)
Que tal?
<3 jo

01 August 2013

Fígados de pato com maçãs, da Quinta

Na noite do luão, saboreámos um jantar particularmente delicioso. Esta foi a entrada.
Era o dia maior do ano, a lua nasceu por volta das 10h e o jantar esperou por ela. Nestes dias girava tudo à volta do que a Quinta nos dava, do pôr do sol e, hoje, da sua eterna namorada, a lua! 
Os dias compridos trazem tempo, tardes compridas e refrescantes onde podemos passear, apanhar flores, molhar os pés enquanto trazemos à memória conversas de há muito.
Sempre disse que gosto de tudo menos de iscas, e isto estende-se a fígados, rins e que tais. Cozinhá-los tudo bem, não gosto do cheiro mas na minha profissão isso é indiferente. Conheço várias receitas mas nem as exploro porque acredito que um prato fica melhor quando gostamos do que estamos a cozinhar.
Felizmente a tia A., que tem aptidões culinárias e mundo gastronómico em proporções igualmente desmedidas, gosta deste meu único ponto fraco na cozinha e fez estes fígados de pato tão bem ou tão mal que eu, pela primeira vez, comi com gosto e, imagine-se!, repeti.
Por isso se também não gostam ou simplesmente não simpatizam, experimentem esta receita. Mas cuidado para não passar de mais a carne, esse terrível erro que arruina sabores!
 Como entrada, para 4 pessoas:
300g fígados de pato
3 maçãs grandes
1 colher de manteiga, ou q.b.
1 cálice de Calvados
2 colheres de sopa de natas
Sal
Muita pimenta moída na hora
Tomilho fresco

> Limpe os fígados (retirando os veios com cuidado para não desmanchar) e corte-os em 2 ou 3 longitudinalmente.
> Descasque as maçãs e corte-as em 8 gomos.
> Numa frigideira anti-aderente, core as maçãs em manteiga até estarem douradinhas. Retire e reserve.
> Na mesma manteiga (se fôr preciso junte mais uma noz), salteie os fígados rapidamente dum lado e doutro, temperando com sal, pimenta e tomilho.
> Junte as maçãs, flambeie com Calvados até o álcool evaporar.
> Por fim, junte as natas abanando a frigideira, para se misturarem os sabores e reduzir sem talhar. Cerca de 5min.
 A fotografia da Lua não faz jus à realidade, como não fazem a maioria dos retratos, sendo que a fotógrafa não é profissional :) Mas ajuda a lembrar a tarde e noite que se passaram tão bem. Assim como o resto dos dias.
 Que tal?
<3 jo

26 March 2013

O melhor Bife de Novilho


... Pelo menos para mim!

Há uns tempos fui ao talho para comprar lombo de novilho, apetecia-me um bom bife alto e mal passado, com molho de natas e mostarda antiga. Só o bife. Sem batatas nem arroz nem salada nem nada. O bife e o molho. Mas não havia Lombo!
- "Olhe, aquela senhora levou o último, era para rosbife... Mas conhece o espelho da pá? É que é muito mais barato e tão tenro como o lombo!"
E toca de experimentar. Era bom! Já o usei também para isto.

Hoje voltou a apetecer um bom bife. No restaurante onde estagio, servem uns bifes de fazer inveja. Talvez por isso me tenha apetecido um destes na folga!

Deixar aquecer muito bem a frigideira. Temperar os bifes com sal fino dos dois lados e grelhar (faço +- 2min de cada lado). Terminar no forno até chegar ao ponto preferido, deixar descansar uns 3min e está pronto a servir!
Com a frigideira ainda quente, atirei um cubinho deste de caldo, uma boa colher de mostarda antiga, um splash de natas frescas e uns raminhos de tomilho fresco. Sal e pimenta, flôr de sal no bife et voilá!
E por aí? Qual o bife preferido? Em que ponto e com que molho?
<3 jo

11 February 2013

Healthy para começar a semana


IT'S MONDAY everyone!
 Pela primeira vez adiro às Meatless Mondays e mostro aqui o que foi um bocadinho do almoço de hoje.
Bróculos a pedirem para ser usados no frigorífico e couve-flor comprada no mercado. Foram cortados em pequenas fleurettes e barrados com uma mistura de tomilho, sementes de mostarda, sementes de cominhos, azeite e molho de soja.
No forno a 180ºc estiveram uns 15min - aconselho baixarem a temperatura e deixaram um bocadinho mais tempo se preferem os legumes menos "crispy".
Vou-me atirar à bancada de mármore para esticar muuuita pasta :)
Boa semana!!

Que tal?
<3 jo

05 January 2013

Rillettes de bacalhau


Bom fim-de-semana!

Hoje estive em experiências com bacalhau... Daqui a uns dias vou fazer 5 canapés com a mesma proteína e estive a organizar ideias!
De um caldo, sobraram as postas baixas que usei para aromatizar e assim desfiz a carne em lascas, sem espinhas nem pele (que usei para um crocante, super easy, só pôr a pele no forno a 100-150ºc, em cima,  com azeite et voilá!) e reservei ao lado.
Cebola e alho bem picadinhos foram para o tacho com uma colher generosa de manteiga, meia folha de louro e umas hastes de tomilho. Já translúcidos, juntei-lhes o bacalhau e ia mexendo com um rapa (salazar?!) para desfazer o bacalhau e ao mesmo tempo tentar que não perdesse textura.
Já com algum aroma do tomilho e do louro, retiro o último e junto duas colheres, também generosas, de gordura de ganso. A gordura foi derretendo e, sempre a mexer, ia incorporando o seu sabor nos outros ingredientes. Antes de desligar o lume, juntei mais tomilho (sempre fresco) e raspas de limão.
Guardei numa tacinha e pus no frigorífico até arrefecerem.

Servi em cima de torradas acabadas de fazer, depois de lhes ter raspado um dente de alho e deitado um fio de azeite.
O sabor do bacalhau ficou super suave, acaba por ser um bom spread para entreter visitas, mesmo para quem não é muito amigo deste peixe!
As rillettes conservam-se bem no frigorífico durante várias semanas num frasco de vidro. Devido ao facto de levarem muita gordura os bichinhos não entram!

Que tal?
<3 jo

04 December 2012

Almoço de Inverno

Um destes dias chovia (para variar! Inverno, eu sei...) mas decidimos ir ao mercado na mesma. Prometi à M. que íamos fazer o almoço as duas e não iam ser umas gotinhas que nos iam impedir!
Ficou surpreendida quando chegou lá: "Tia, acho que é a abóbora maior que já vi". Foi a maior ajuda a escolher maçãs "as mais feias", batatinhas "esta é muita gira tia!" e a maior delícia com aquela cara de excitação quando encontrou cenouras BEBÉS e "um bocadinho cor-de-rosa!!"
Adoro esta alegria ingénua de criança, no fundo sou assim a cozinhar em casa... 

 A M. tirou a gordura do frango, raspou a casca das cenouras baby, cortou os cogumelos e as batatas ao meio "com facas de crescido!" e ajudou a tia a temperar do princípio ao fim! Já sabe que aquelas ervinhas são raminhos de Tomilho e que pusemos Bacon no fundo da assadeira.
Antes de ir para o forno a 180ºc
 E para o fim, foi isto que sobrou, uma mísera perninha de frango com alguns legumes para contar a história.
Ela adorou. Aprendeu muitas coisas sobre legumes, frutas e frangos, já para não falar na auto-estima que deve ter explodido quando provou a delícia que fez :) Acho importante ir cozinhando com os miúdos, ensinar o valor das coisas e principalmente a qualidade dos produtos. Ainda bem que já vinha bem "treinada" de casa!
E vocês, o que acham? Que tal este assado de fim-de-semana?
Para saber como fizemos é só perguntar à M. deixando um comentário :)
<3 jo (e M.!)

23 November 2012

Baguette francesa | Bread making!

Olá!
Como prometido, aqui vão as próximas dicas para o pão usando massa velha.
Escolhi a Baguette. O pão mais estaladiço, no entanto fofinho no miolo, com aquela crosta dourada a sobressair na superfície enfarinhada... minhami!!
Aviso desde já que fazer pão em casa, com forno de casa e tabuleiros de casa é bem diferente de fornos de lenha e muito menos do que sai da padaria...! A verdade é que os nossos fornos não controlam o vapor (importante para a côdea do pão) e não podemos cozer directamente na pedra quente (o que ajuda a criar a crosta de baixo do pão devido ao choque térmico).
Mesmo assim, sabe muuuito bem fazer pão em casa, tê-lo quentinho acabado de sair e pensar "Fui eu!!" Adoro.
Usei a massa velha com cerca de duas semanas mas, pelo que sei, pode-se até usar a do dia anterior (fermentar à temperatura ambiente neste caso, sempre tapado).

Fiz algumas alterações à receita original. Não tinha farinha de centeio e quis juntar evas aromáticas, que adoro, mas a receita da baguette é a seguinte:
. 300 gr farinha
. 105 gr farinha centeio (usei uma farinha integral com 7 cereais)
. 265 gr desta massa velha
. 12 gr sal fino
. 12 gr fermento padeiro
. 270 ml água fria
   - Juntei um punhado de tomilho seco e tomilho-limão fresco picados.

Juntar todos os ingredientes, o fermento só no fim, depois dos ingredientes já todos misturados.
Amassar 10 min a velocidade lenta e 5 min a velocidade média. À mão, amassei até a consistência me parecer boa, cerca de 5min a mais depois de deixar de despegar das mãos.
Depois pesei bolinhas de 50 gr de massa, amassei-as bem e, com a costura para baixo, "enrolei" da maneira que podem ver em  baixo. Pus as mini-baguettes em tabuleiros bem polvilhados com farinha
Ficaram cerca de 1hora a levedar, no forno a 30-40ºc tapados com um pano.
Depois foram ao forno a 200ºc até estarem bem douradinhos como nas fotografias. Pus um tabuleiro com água quente no fundo do forno para tentar "reproduzir" o vapor.
Alguns dos pãezinhos foram pincelados com esta mistura de azeite, tomilho, sal grosso e alho esmagado. A maioria deles não pincelei porque gostei mais do aspecto enfarinhado...!
De qualquer das maneiras, molhei-os na mistura de azeite e ervas e soube lindamente!
Que tal? Quem vai experimentar?
<3 jo

19 November 2012

Focaccia para começar a semana

   Mesmo antes de escrever estas linhas, lia uma publicação num blog que sigo acerca da "técnica" de quem tem blogs (acho blogger uma palavra não adequada...), da seriedade e congruência das receitas publicadas e da integridade de quem escreve. Acho que, até agora, o que mostro nesta página tem sido o reflexo do que vou aprendendo na escola e das pesquisas em casa. Espero continuar a ter tempo para o fazer! Mas também não vejo o mal de quem gosta de partilhar as receitas caseiras, conhecidas por todos e sem nada de novo... Afinal cada um faz o que lhe apetece e, se não gosto, não leio. Pior são as tele-culinárias e semelhantes que não ensinam nada de jeito. No offences!
   Continuando...

   Fiz esta Focaccia para o almoço de família e, à boa maneira portuguesa, foi comida com a sopa até desaparecer.
   Ando numa de pães... As minhas baguettes estão a crescer no forno as I speak e a massa velha já foi alimentada para próximas aventuras. Mas a focaccia não usa massa velha e quis fazê-la por isso mesmo!

   Só pensava "tenho que fazer isto!!" desde que aprendemos na aula.
   E lá fiz. É muito fácil de preparar, fi-la no Sábado de manhã e, enquanto a massa descansava, pude ir ao Mercado Biológico do Campo Pequeno (todos os sábados das 9h às 14h nos jardins!) comprar mais umas ervinhas para lhe pôr em cima e os legumes e fruta da semana.
   A minha batedeira deu para misturar todos os ingredientes mas, fica já a nota para a família que me lê, dar-me-ia imenso jeito uma kenwood ou quiçá uma kitchen aid!

Não fiz uma receita muito grande (cerca de metade de um tabuleiro de forno), para fazer maior basta multiplicar esta receita:
 . 250gr farinha 55
 . 5gr sal
 . 5gr açúcar
 . 20gr azeite
 . 5gr fermento biológico (padeiro) (se tiver o liofilizado/granulado a quantidade é a mesma)
 . 120gr água fria
 . 1 dente de alho ralado e ervas aromáticas a gosto - usei tomilho seco, alecrim fresco, manjericão fresco e tomilho-limão fresco.
     A gosto pode também juntar azeitonas ou tomate seco
   Pré-aquecer o forno a 40-50ºc.
   Juntar a farinha com o sal, açúcar, azeite, ervas e adicionar quase toda a água. No resto da água desfazer o fermento e juntar à massa já a amassar. Nunca juntar o fermento com o sal pois este "mata" o fermento, que perde a força e não se desenvolve tão bem.
   Amassar (máquina 10 - 15min, à mão mais tempo!) e fazer uma bola, achatá-la com as mãos até ao formato desejado, salpicar com farinha. Pôr a massa dentro do forno num tabuleiro coberto com um pano húmido e deixar crescer no mínimo 40min a 1hora. (foi nesta altura que fui ao mercado!)
   Tirar a massa do forno e programá-lo para 200-220ºc. Entretanto fazer "buracos" na massa com os dedos, pincelar com mais azeite e ervas e juntar flôr de sal por cima.
   Está no forno cerca de 20min (rodar o tabuleiro, se necessário, para a cor e a cozedura ficarem uniformes). Deixar arrefecer um bocadinho para depois servir. Pode cortar em palitos, como na fotografia, cortar fatias ou deixar as pessoas servirem-se à vontade. Sem preocupações :)
Que tal?
<3 jo

06 November 2012

Um almoço improvisado

Olá!
Quantas vezes temos restinhos de coisas em casa que acabamos por não usar porque não são quantidades suficientes? Cá em casa sempre tentámos aproveitar ao máximo. Já a minha avó, de uma sobra de carne fazia empadão de arroz e do que não se comia ainda fazia pasteis de arroz fritos (delícia!). O normal quando vou lá a casa e abro o frigorífico é ver tupperwares mínimos com um bocadinho de puré ou uma clara de ovo que não foi usada... You never know!
Mostro hoje dois aproveitamentos que fiz e espero que vos inspirem a gastar com consciência!

Sobraram uns cogumelos de um risotto de alcachofras e cogumelos (pleorotus e shitake), então salteei-os com manteiga, chalotas e tomilho. Juntei caldo de galinha, um bocadinho de uma trufa (que comprei armada em "gourmet forreta" e acabou por não saber a nada..!) e um fio de natas frescas para ligar tudo.

Entretanto o guisado de carne (tipo jardineira) que havia em casa não chegava para todos, então juntei polpa de tomate, mostarda em pó e deixei cozinhar ainda mais, para a carne se desfazer. Cozi esparguete e mesmo no fim juntei uma noz de manteiga ao molho da carne. Rebentos de rúcula por cima e tomate cherry pêra em metades e digam lá que não ficou logo com melhor aspecto?

Que tal? Que receitas se fazem de outras, por aí?
<3 jo

19 October 2012

Rillettes de coelho

Depois de uma conversa com o chef Luís Baena sobre o que tinhamos ou não aprendido, apercebi-me que não sabia fazer rillettes, spread francês com carne desfiada de que tanto gosto e com o qual tanto sonho quando penso voltar a Paris!
Por isso não passou do fim-de-semana (passado!)
Foi complicado arranjar gordura de ganso ou pato no supermercado normal e por isso fui, publicidades à parte, ao gourmet das amoreiras, que tinha tudo, inclusive uma empregada muito simpática e prestável.

Segui uma receita da Elle à Table, a minha revista de cozinha preferida (aqui)

4 pernas e coxas de coelho
1 dente de alho
Caldo de galinha (a receita pede instantâneo mas usei o que fiz, reduzi e tinha congelado)
1 raminho de tomilho
1 raminho de rosmaninho
raspas de limão
sal a gosto
150 gr. de gordura de ganso (pato também pode ser)
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa do caldo da fervura
mais tomilho a gosto
pimenta preta de moinho
Cozer o coelho no caldo e juntar o dente de alho, tomilho, rosmaninho, limão e um bocadinho de sal.
Arrefecer e desfiar bem fininho.
Numa panelinha, juntar a gordura de ganso, derreter ligeiramente, juntar o coelho desfiado, a manteiga, as colheres de caldo e ir mexendo até estar bem misturado.
Com o lume desligado juntar mais tomilho, rectifcar o sal e adicionar pimenta moída na hora.
Guardar em frascos no frigorífico, provar dois dias depois de ter sido feito (os sabores desenvolvem).
Para mim a melhor maneira, e a tradicional francesa, é comer estas rillettes com torradas com manteiga. Não podia ser melhor!
Que tal?
<3 jo

01 June 2012

Tagliatelli de Tomilho

Vou ter um exame sobre pastas italianas...
Há que ir treinando!
Fiz a minha receita normal de massa (sem água e com azeite) e juntei uma mão cheia de tomilho no robot de cozinha.
 Escrevi tagliatelli só com 1 L , não ia pôr aqui a fotografia por causa disso mas... Quem não se engana?! :)
jo

31 March 2012

s-day & breakfast

olá!
Hoje tive a sorte de ir a um workshop de sous-vide, embalar alimentos em vácuo e cozinhá-los num banho-maria agitado com a ajuda de um termostato. Adorei! Inspirou-me imenso e só me apetece ser rica para ir já amanhã comprar as máquinas,as cubas, os sacos... Mas muita calma!

Como sabia que ia ter o workshop, hoje tomei um pequeno almoço mais "consistente" que o habitual porque não sabia a que horas iamos almoçar. Adormeci a pensar em ovos e quando o despertador tocou saltei da cama e comecei a fazer uns ovos mexidos com ervas dos vasinhos. (inspiração deste post?)

Pus um ovo numa taça e juntei tomilho limão e cebolinho,

Depois juntei um bocadinho de natas frescas,

No fim juntei flores de manjericão.


Aos ovos mexidos juntei 3 tomates cereja cortados em quartos e temperei tudo com flor de sal e pimenta do moinho!

Acompanhei com tostas integrais e uma mega chávena de café!
Que tal?
<3 jo


30 March 2012

Ervinhas!

Boa tarde :)

Hoje consegui uma máquina emprestada durante uns tempos e, apesar de não estar o melhor tempo por aqui, apeteceu-me tirar fotografias das ervinhas que temos cá em casa.

o vasinho de coentros é o benjamim da família, comprei num fim-de-semana no Príncipe Real (Quinta do Poial). Não uso tanto como queria porque não quero que fique sem folhas de uma vez!

esta salsa frisada já temos há uns tempos e tem crescido imenso! agora já tem "mini-troncos" e tudo!
é óptima mas acho que continuo a preferir a de folha lisa

este mangericão já está cá em casa há muiiito tempo! Deu flor no ano passado e semeámos as sementes outra vez e deu-se lindamente! Agora está a dar flor outra vez, que by the way são óptimas! Já as usei aqui !

adoro cebolinho. Basta cortar rentinho à terra e ele lá continua a crescer, qual estrela do mar, mais forte do que nunca!

o tomilho limão é uma das minhas ervas aromáticas preferidas, fica bem em muitas coisas, adoro! Comprei um molho há mais de uma semana e tem-se dado lindamente. Foi posto numa caixinha xpto com água no fundo e que preserva as ervas no frigorífico.


O alecrim seco é óptimo. Este também é da Quinta do Poial, comprei-o fresco em flor e tenho-o usado, mesmo agora já seco. As flores também são óptimas e ficam deliciosas em pastas!


Finalmente, este tomilho que já foi fresco e agora também secou. Acho que secar o tomilho em casa é mil vezes melhor do que comprar o seco, o sabor nem é o mesmo!

Espero que aí em casa também se usem ervinhas ou que se comece a usar. É mais barato o que ter que estar sempre a comprar e o sabor é muuito melhor!
É também óptima ideia usar os talos das plantas como o mangericão, salsa, coentros, alecrim, tomilho... Têm imenso sabor e, na maioria dos casos, o seu destino é invariavelemtne o lixo! Mas ficam muito bem em assados ou para aromatizar sopas ou arroz!

Bom fim-de-semana!!
Já é Sexta-Feira, dois dias para descansar sabem tão bem!


bye! jo